O QUE É A JS?

O que é a JS?

A Juventude Socialista (JS) é uma organização política de jovens entre os 14 e 30 anos, que se identificam com os valores do socialismo democrático e da República, e querem desenvolver a sua intervenção cívica com vista à criação de uma sociedade mais democrática, justa e solidária, assente nos valores da liberdade, igualdade e fraternidade.
A JS é a estrutura de juventude do Partido Socialista (PS), mas goza, nos termos dos seus estatutos, de plena autonomia de organização e de condução das suas opções políticas , em respeito pela Declaração de Princípios do PS.

Como atuamos?

Intervenção local e nacional

A JS atua localmente, através dos seus núcleos e concelhias. Estas, por seu turno, organizam-se em federações distritais e regionais. Finalmente, a JS conta ainda com uma estrutura nacional, englobando o Secretário-Geral e a Comissão Nacional, eleitos pelo Congresso Nacional, e o Secretariado Nacional e a Comissão Política Nacional, eleitos pela Comissão Nacional.

Intervenção no ensino

A JS desenvolve ainda a sua atuação sectorialmente através dos seus núcleos de escola, em todos os níveis de ensino, desde o ensino básico ao superior, que se organizam nas Organizações Nacionais de Estudantes Socialistas do Ensino Básico e Secundário (ONESEBS) e do Ensino Superior (ONESES).

Intervenção autárquica

Para além destas estruturas, a Associação Nacional dos Jovens Autarcas Socialistas (ANJAS) coordena a atuação dos eleitos locais da JS nas freguesias e municípios, difundindo boas práticas e auxiliando a coordenação política ao nível do poder local.

Intervenção sindical

Mais recentemente, a JS criou a sua Tendência Sindical Jovem Socialista, procurando integrar numa estrutura nacional os núcleos na área do emprego e sindicalismo.

Intervenção internacional

No plano externo, a JS é membro fundador da organização europeia de jovens socialistas (ECOSY – Young European Socialists), estando particularmente empenhada no aprofundamento do projeto Europeu e no reforço das suas componentes democráticas e sociais. Atuando em defesa de uma ordem internacional baseada nos princípios da Carta da ONU, a JS é ainda membro da IUSY (International Union of Socialist Youth) e tem reforçado a sua intervenção na cooperação entre organizações dos países de língua portuguesa e do espaço ibero-americano.

Breve História da Juventude Socialista


Para falar na fundação da Juventude Socialista, é necessário referir em primeiro lugar a fundação do próprio PS. Este é criado em 1973, em Bad Müstereifel, na Alemanha, para fugir ao regime vigente. O ato de criar um partido português fora do território seria uma forma de assegurar que não seria encerrado pela PIDE. Foi desta maneira que um conjunto de pessoas próximas de Mário Soares e da linha do socialismo democrático, todos opositores ao regime, continuaria a lutar pela democracia em Portugal, mesmo que não se encontrassem dentro das fronteiras.
A JS resulta das atividades continuadas dos Jovens Socialistas, pertencentes à Ação Socialista Portuguesa (ASP), a antecessora do PS, chamados a reforçar a campanha eleitoral de 1969 para a Assembleia Nacional. O grupo contava com nomes como o de Pedro Coelho, Jaime Gama, Alfredo Barroso, José Luís Nunes, Arons de Carvalho, entre outros.
As suas formas de atuação passavam por ações de protesto: distribuição de panfletos e do jornal da ASP nas universidades; grafitis contra o regime nas paredes de Lisboa e pela libertação de presos políticos, como exemplo de Jaime Gama e Salgado Zenha; e elaboração e distribuição do “Esquerda”.
Ao mesmo tempo, a partir do início dos anos 70, foi também importante a participação de um grupo de jovens católicos progressistas provenientes da Juventude Universitária Católica (JUC), nomes como o de José Leitão e Margarida Marques, nas ações e atividades dos Jovens Socialistas.
O trabalho deste grupo continuou, pois, a funcionar à sombra do regime vigente, pela mão da ASP, uma vez que uma organização livre de jovens socialistas estava fora de questão.
Formalmente, a Juventude Socialista foi criada após dois encontros nos dias seguintes à revolução de 25 de Abril, realizadas na Cooperativa de Estudos e Documentação, na Avenida Duque de Ávila, em Lisboa. Nos anos anteriores, o espaço já havia servido como um lugar discreto para os encontros dos Jovens Socialistas, não apenas para debates políticos, mas também para atividades de animação cultural.
As primeiras reuniões apenas serviram para eleger uma comissão organizadora, mas acabaram por ser ricas em discussões sobre que tipo de militantes poderia pertencer à JS, se apenas estudantes ou se deveriam alargar-se também aos jovens trabalhadores. Não havia o interesse na criação de uma organização à semelhança da comunista, que separava os estudantes e trabalhadores jovens.

Com o novo regime democrático, que dotou estes jovens de várias responsabilidades, o primeiro passo foi a estruturação formal enquanto organização juvenil do Partido Socialista. O segundo passo foi a organização e a difusão nas camadas jovens, o que não necessitou de muito esforço da parte dos jovens fundadores, pois nos primeiros meses após a revolução, apenas era necessário estarem as portas da sede abertas, que os próprios jovens e adolescentes se iam inscrever por livre iniciativa.